terça-feira, 1 de setembro de 2009

Caminho

Traga-me um pouco de mim. Meia porção já basta! Espalha-me por onde ando, traga-me para o meu caminho. Deixa que me encontre, que cruze comigo. Derrama-me na minha cabeça, deixa que me lave, que impregne as minhas roupas. Não permita que eu fuja, que eu grite. Acalma-me se eu estranhar, se sentir medo. Acaso eu chorar, apresenta-me devagar, faça com que me reconheça para depois eu me tocar. Quando não sentir mais medo, dá-me tempo pra me pesquisar. Se de primeira eu não me entender, permita me questionar. Se ainda assim não souber que sou eu, é que preciso de tempo pra me acostumar. Somente deixa-me só quando perceber minha testa relaxar, a risada escapar e a respiração acalmar. Por favor, então, afasta-se. Deixa-me comigo e volte apenas quando enxergar um olhar, um caminho, uma verdade, uma mulher e toda tranqüilidade.

2 comentários:

  1. Nossa Mari!!

    Gostei muito de tudo que li aqui. O Caio tinha razão (ele sempre tem rsrs), quem escreve tão bem não pode ser tímido e guardar coisas tão legais.
    Vou voltar sempre para ler suas belas crônicas.
    Beijinho e parabéns.

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